Assim como muitas decisões projetuais no campo da arquitetura, a escolha de elevar uma casa em relação ao terreno não tem impactos apenas estéticos, mas também - ou sobretudo - funcionais. Elevar um edifício do solo ajuda a afastar a umidade e melhorar a circulação do ar, ao mesmo tempo em que minimiza seu apoio no plano e, consequentemente, a necessidade de movimentação de terra para executar a obra. Assim, lajes suspensas são simultaneamente soluções arquitetônicas e bioclimáticas passivas, adequando-se bem ao clima quente e úmido que caracteriza a maior parte do Brasil.
Já fizemos uma seleção anteriormente, na série Casas Brasileiras, de residências sobre pilotis, nas quais as áreas térreas possuem pé-direito suficientemente alto para a circulação de pessoas. Na seleção abaixo buscamos reunir, entre os projetos publicados no site, residências onde a decisão de elevar a laje do solo não pretende definir um espaço acessível, mas possibilitar o controle climático dos espaços internos e/ou ajustar a arquitetura ao terreno - ainda que em casos de lotes muito inclinados a distância entre o solo e a laje possa atingir alguns metros.
Veja a seguir 11 casas brasileiras elevadas do solo, acompanhadas de seus desenhos de corte:
Residência Capobianco / Kruchin Arquitetura
Casa na Mata / NITSCHE ARQUITETOS
Casa Clara / 1:1 Arquitetura Design
Casa Redux / Studio MK27 - Marcio Kogan + Samanta Cafardo
Casa Modelo / Pitta Arquitetura
Refúgio Bocaina / Bruschini Arquitetura
Residência Acayaba Elito / Marcos Acayaba
Casa Vila Rica / BLOCO Arquitetos
Residência Itamambuca / Gui Mattos
Casa Rio Bonito / Carla Juaçaba
Casa Petro / Fernanda Padula Arquitetura
Publicado originalmente em 3 de dezembro de 2019, atualizado em 14 de junho de 2022.